Estudo da Unicamp mostrou que 60% dos universitários dormem mal
Ficar na frente do computador à noite é pior para a saúde do sono do que beber, fumar ou sair para a balada. Uma pesquisa da Unicamp avaliou 710 universitários e descobriu que, de cada dez pessoas que usam o PC à noite, até sete enfrentam problemas para dormir.
Dentre todos os jovens analisados, 486 eram mulheres e 224 homens. Desse total, 60% (428) foram classificados como maus dormidores. Esse índice subiu quando eram avaliados apenas os internautas noturnos e os fumantes.
O estudo concluiu que, entre os que usam a o micro das 19h à meia-noite, 73,3% foram classificados como maus dormidores. Para quem assiste à televisão no mesmo horário, por exemplo, o sono foi prejudicado em 59,7% dos casos.
De acordo com a psicóloga Gema Galgani Mesquita, autora do estudo, a luminosidade do computador, assim como a da televisão e a das lâmpadas, estimula os neurônios e desregula a liberação da melatonina, o hormônio do sono. Isso impede que a pessoa chegue ao sono profundo e reparador.
- O grande vilão do sono é a luz. Exposto à luminosidade, o organismo não metaboliza o hormônio na forma que precisa para ter um sono reparador.
No caso do computador, os danos são ainda maiores por dois motivos: a proximidade com a tela e o conteúdo. Na comparação com a televisão, a internet demanda mais atividade mental do usuário.
Para a psiquiatra Ana Paula Hecksher, especialista em sono, o computador é mais presente na vida do jovem do que o álcool e o cigarro.
- O computador acaba sendo um vilão maior. Tem uma frequência mais intensa. E ele prejudica o jovem ainda que ele faça atividades adequadas, como uma pesquisa.
O que agrava o cenário, segundo a autora do estudo, é que as novas gerações estão acostumadas a se comunicar pela internet, hábito que não vai ficar para trás ao longo da vida.
- Para quem quer dormir bem, o ideal é sair às oito da noite do computador. Porque aí vai dar tempo de metabolizar o hormônio do sono.
Mulheres sofrem mais
O estudo da Unicamp revelou ainda que as mulheres são mais prejudicadas pelos efeitos do computador que os homens. Ao avaliar aquelas que usam o micro das 19h às 24h durante os fins de semana, 83,4% foram classificadas como más dormidoras. No caso dos homens, o maior índice não passou dos 62,5% e se refere àqueles que ficam conectados das 19 às 22h. De acordo com a autora do estudo, ainda não se sabe porque os resultados são diferentes para eles e elas.
- Talvez seja uma diferença hormonal, na metabolização do hormônio do sono, ou talvez seja a maior resistência física deles. Não sabemos ainda. Essa será a próxima fase da pesquisa.
Os efeitos do tabaco sobre o sono também foram significativos. Segundo a pesquisa, dentre os que fumam, 70,5% foram considerados maus dormidores. Já entre os não fumantes, 59,7% dormiam mal.
- O tabagista apresentou mais distúrbios do sono, como acordar no meio da noite, demorar mais para dormir ou ter pesadelos.
Apesar de o estudo ter avaliado pessoas com idade universitária, a pesquisadora afirma que os resultados devem se repetir em todas as faixas etárias. Com um agravante: para os adultos, idosos, crianças e adolescentes, as consequências são ainda piores.
- Um jovem está no auge da resistência física, resiste muito mais às agressões da vida do que um adulto, idoso, criança ou adolescente.
Riscos
Os perigos de dormir mal é que, no decorrer do tempo, o hábito pode levar a distúrbios psíquicos, segundo a autora do estudo.
Ela alerta que, no curto prazo, a memória e a concentração ficam prejudicadas e é aberto espaço para problemas gastrointestinais e outras doenças.
- A diabetes tipo dois e a obesidade também estão associadas à diminuição do tempo de sono em geral.
O estudo da Unicamp mostrou que até mesmo os exercícios podem prejudicar o sono se eles são combinados com maus hábitos. A pesquisa mostrou que aqueles que praticam exercícios, mas que ficam na frente do PC das 19h à meia-noite, tiveram mais problemas pra dormir do que aqueles que não praticavam exercícios e que passavam a noite no micro.
Apesar de ser um resultado surpreendente, Gema afirma que a prática de atividades leva a uma melhor noite de sono, desde a pessoa tenha uma boa alimentação, e evite o álcool e o PC.
- Não é malhar e depois ficar na frente do computador. Isso não adianta, não resolve nada.
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Sobrevivendo à depressão de fim de ano
Natal e ano-novo são ocasiões felizes, mas o que fazer quando não nos sentimos assim?
Para quem está se sentindo deprimido e impossibilitado de executar tarefas, é indicado que consulte um profissional médico imediatamente. Sinais de perigo envolvem transtornos de humor que durem mais de duas semanas, acessos de choro, mudanças no apetite e nos níveis de energia, dificuldades de concentração e até pensamentos sobre morte e suicídio.
Em alguns casos os sintomas não são tão severos, mas mesmo assim os indivíduos se sentem tristes. Para esses casos o psiquiatra tem algumas sugestões: “Exercícios funcionam, assim como manter relações que te preencham, fazer coisas que você ache recompensadoras e ir a eventos religiosos”, disse Halaris. “Dormir bastante e reservar um tempo para você podem ajudar. Todos têm limites e aprendendo a viver dentro deles é importante”, diz.
Em países do hemisfério norte a exaustão e falta de interesse na vida podem ser sinal de problemas emocionais sazonais, causados pela falta de luz do sol. Um frequente sintoma é desejo por doces. “O tipo mais comum de transtorno de humor ocorre durante os meses de inverno”, explica Halaris. “A depressão de inverno é explicada por um desequilíbrio químico no cérebro trazido pela falta de luz do sol em função dos dias mais curtos e céu tipicamente encoberto”, aponta o psiquiatra.
Para aqueles que estão desanimados presos a um sentimento de luto, a consultora comportamental Nancy Kiel sugere que é importante admitir a perda. “Comece uma nova tradição para honrar e lembrar dos entes queridos”, diz. “Acenda uma vela especial no jantar e faça todos compartilharem uma memória especial ou promova uma atividade que a pessoa em questão gostava. Faça algo que faria aquela pessoa querida sorrir”, completa. Ela também sugere evitar as compras em shoppings e dar preferência para lojas online. Assim sobra tempo para estar ao lado de pessoas que providenciam apoio e carinho.
fonte: The New York Times
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Narcisismo será retirado da "bíblia" dos transtornos psiquiátricos
Os narcisistas, para a surpresa da maioria dos especialistas, estão quase se tornando uma espécie em extinção. Não que eles estejam encarando uma extinção iminente. O destino será muito pior. Eles ainda existirão, mas serão ignorados.
A quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (previsto para ser lançado em 2013, e conhecido como DSM-5) eliminou cinco dos dez transtornos de personalidade que estão listados na edição atual.
O distúrbio de personalidade narcisista é o mais conhecido entre os cinco, e sua ausência tem causado muito alvoroço entre os profissionais da saúde.
A maioria dos leigos tem uma boa ideia do que seja o narcisismo, mas a definição formal é mais precisa do que o significado encontrado no dicionário.
Nossa imagem cotidiana de um narcisista é de uma pessoa muito egocêntrica - a conversa sempre gira em torno dela. Embora não se aplique a pessoas com distúrbio de personalidade narcisista (DPN), essa caracterização é muito ampla. Existem pessoas completamente egocêntricas que não se qualificariam no diagnóstico de DPN.
O requisito principal para o DPN é um tipo especial de autoabsorção: um senso grandioso de autoestima, um sério erro de cálculo de suas próprias habilidades e potenciais que é muitas vezes acompanhado por fantasias de superioridade. É a diferença entre dois estudantes com capacidade moderada que jogam beisebol: um é absolutamente convencido de que será um jogador da liga principal, e o outro espera por uma bolsa de estudos para cursar a faculdade.
É claro, seria prematuro chamar o primeiro estudante de narcisista nesta idade, mas imagine o mesmo tipo de atitude incessante e irrealista 10 ou 20 anos mais tarde.
O segundo requisito para o DPN: visto que o narcisista é tão convencido (a maioria são homens), ele automaticamente espera que os outros reconheçam e falem sobre as suas maiores qualidades. Isso é geralmente conhecido como "espelhamento". Ele não se contenta em saber que é bom. Os outros devem confirmar isso, rápido e com frequência.
Finalmente, os narcisistas, que desejam a aprovação e a admiração dos outros, não têm noção sobre como as coisas parecem da perspectiva dos outros. Os narcisistas são muito sensíveis ao serem ignorados ou menosprezados, mas dificilmente reconhecem quando estão fazendo isso com os outros.
A maioria de nós concordaria que este é um perfil facilmente reconhecível, e é uma incógnita o porquê o manual do comitê sobre distúrbios de personalidade decidiu tirar o DPN da lista. Muitos especialistas da área não estão felizes com isso.
Na verdade, eles também não estão felizes com a eliminação de outros quatro distúrbios, e não têm vergonha de dizer isso.
Um dos críticos mais renomados do comitê sobre distúrbios de personalidade é o psiquiatra de Harvard, Dr. John Gunderson, antigo na área, foi quem conduziu o comitê de distúrbios de personalidade para o manual atual.
Questionado sobre o que achou sobre a eliminação do DPN, ele disse que o manual apenas mostrou o quão "ignorante" é o comitê.
"Eles têm pouco conhecimento sobre o dano que podem estar causando". Disse também que o diagnóstico é importante para organizar e planejar o tratamento.
"É perversa", disse sobre a decisão, "e creio que é a primeira que elimina metade de um grupo de distúrbios pelo comitê".
Ele também culpou a chamada abordagem dimensional, um método de diagnóstico de distúrbio de personalidade que é novo para a DSM. Consiste em fazer um diagnóstico global e geral do distúrbio da personalidade para um determinado paciente, e então, selecionar traços particulares de uma longa lista para melhor descrever aquele paciente específico.
Isto é um contraste com a abordagem que tem sido usada há 30 anos: a síndrome narcisista é definida por um conjunto de traços relacionados, e o paciente é classificado naquele perfil.
A abordagem dimensional tem o apelo de um pedido à la carte _você pede o que quer, nada mais e nada menos.
Uma coisa é chamar alguém de elegante e bem vestido. Outra coisa é chamar de almofadinha. Cada um desses termos tem significados levemente diferentes e evoca um tipo.
E os médicos gostam de tipos. A ideia de substituir o diagnóstico padrão do DPN pelo diagnóstico dimensional como "distúrbio de personalidade com traços narcisistas e manipuladores" não vai dar certo.
Jonathan Shedler, psicólogo da Faculdade de Medicina da Universidade de Colorado, disse: "Os médicos estão acostumados a pensar em termos de síndromes, e não traços separados. Já os pesquisadores pensam em termos de variáveis, e há simplesmente uma cisma enorme". Ele disse que o comitê foi formado "por vários pesquisadores acadêmicos que não atuam muito na prática clínica. Vemos ainda outra manifestação do que é chamado na psicologia de cisma na prática da ciência".
Cisma provavelmente não seja um exagero. Há 30 anos o DSM tem sido o padrão inquestionável que os médicos consultam ao diagnosticar distúrbios mentais. Quando um novo diagnóstico é introduzido, ou um diagnóstico estabelecido é substancialmente modificado ou excluído, isso não é pouca coisa. Como disse Gunderson, isso afetará a maneira como os profissionais pensam e tratam seus pacientes.
Levando isso em consideração, a falta de informação dos especialistas em distúrbios de personalidade não deverá ser novidade.
Gunderson escreveu uma carta co-assinada por outros pesquisadores e médicos à Associação Psiquiátrica Americana e à força-tarefa que dirige a DSM-5. Além disso, Shedles e sete colaboradores publicaram um editorial na edição de setembro da Revista Americana de Psiquiatria.
Em um mundo relativamente pequeno de diagnósticos de saúde mental, esta é uma batalha que certamente vale a pena assistir.
Agora, está claro que é muito cedo para os narcisistas desistirem do seu lugar na lista.
A quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (previsto para ser lançado em 2013, e conhecido como DSM-5) eliminou cinco dos dez transtornos de personalidade que estão listados na edição atual.
O distúrbio de personalidade narcisista é o mais conhecido entre os cinco, e sua ausência tem causado muito alvoroço entre os profissionais da saúde.
A maioria dos leigos tem uma boa ideia do que seja o narcisismo, mas a definição formal é mais precisa do que o significado encontrado no dicionário.
Nossa imagem cotidiana de um narcisista é de uma pessoa muito egocêntrica - a conversa sempre gira em torno dela. Embora não se aplique a pessoas com distúrbio de personalidade narcisista (DPN), essa caracterização é muito ampla. Existem pessoas completamente egocêntricas que não se qualificariam no diagnóstico de DPN.
O requisito principal para o DPN é um tipo especial de autoabsorção: um senso grandioso de autoestima, um sério erro de cálculo de suas próprias habilidades e potenciais que é muitas vezes acompanhado por fantasias de superioridade. É a diferença entre dois estudantes com capacidade moderada que jogam beisebol: um é absolutamente convencido de que será um jogador da liga principal, e o outro espera por uma bolsa de estudos para cursar a faculdade.
É claro, seria prematuro chamar o primeiro estudante de narcisista nesta idade, mas imagine o mesmo tipo de atitude incessante e irrealista 10 ou 20 anos mais tarde.
O segundo requisito para o DPN: visto que o narcisista é tão convencido (a maioria são homens), ele automaticamente espera que os outros reconheçam e falem sobre as suas maiores qualidades. Isso é geralmente conhecido como "espelhamento". Ele não se contenta em saber que é bom. Os outros devem confirmar isso, rápido e com frequência.
Finalmente, os narcisistas, que desejam a aprovação e a admiração dos outros, não têm noção sobre como as coisas parecem da perspectiva dos outros. Os narcisistas são muito sensíveis ao serem ignorados ou menosprezados, mas dificilmente reconhecem quando estão fazendo isso com os outros.
A maioria de nós concordaria que este é um perfil facilmente reconhecível, e é uma incógnita o porquê o manual do comitê sobre distúrbios de personalidade decidiu tirar o DPN da lista. Muitos especialistas da área não estão felizes com isso.
Na verdade, eles também não estão felizes com a eliminação de outros quatro distúrbios, e não têm vergonha de dizer isso.
Um dos críticos mais renomados do comitê sobre distúrbios de personalidade é o psiquiatra de Harvard, Dr. John Gunderson, antigo na área, foi quem conduziu o comitê de distúrbios de personalidade para o manual atual.
Questionado sobre o que achou sobre a eliminação do DPN, ele disse que o manual apenas mostrou o quão "ignorante" é o comitê.
"Eles têm pouco conhecimento sobre o dano que podem estar causando". Disse também que o diagnóstico é importante para organizar e planejar o tratamento.
"É perversa", disse sobre a decisão, "e creio que é a primeira que elimina metade de um grupo de distúrbios pelo comitê".
Ele também culpou a chamada abordagem dimensional, um método de diagnóstico de distúrbio de personalidade que é novo para a DSM. Consiste em fazer um diagnóstico global e geral do distúrbio da personalidade para um determinado paciente, e então, selecionar traços particulares de uma longa lista para melhor descrever aquele paciente específico.
Isto é um contraste com a abordagem que tem sido usada há 30 anos: a síndrome narcisista é definida por um conjunto de traços relacionados, e o paciente é classificado naquele perfil.
A abordagem dimensional tem o apelo de um pedido à la carte _você pede o que quer, nada mais e nada menos.
Uma coisa é chamar alguém de elegante e bem vestido. Outra coisa é chamar de almofadinha. Cada um desses termos tem significados levemente diferentes e evoca um tipo.
E os médicos gostam de tipos. A ideia de substituir o diagnóstico padrão do DPN pelo diagnóstico dimensional como "distúrbio de personalidade com traços narcisistas e manipuladores" não vai dar certo.
Jonathan Shedler, psicólogo da Faculdade de Medicina da Universidade de Colorado, disse: "Os médicos estão acostumados a pensar em termos de síndromes, e não traços separados. Já os pesquisadores pensam em termos de variáveis, e há simplesmente uma cisma enorme". Ele disse que o comitê foi formado "por vários pesquisadores acadêmicos que não atuam muito na prática clínica. Vemos ainda outra manifestação do que é chamado na psicologia de cisma na prática da ciência".
Cisma provavelmente não seja um exagero. Há 30 anos o DSM tem sido o padrão inquestionável que os médicos consultam ao diagnosticar distúrbios mentais. Quando um novo diagnóstico é introduzido, ou um diagnóstico estabelecido é substancialmente modificado ou excluído, isso não é pouca coisa. Como disse Gunderson, isso afetará a maneira como os profissionais pensam e tratam seus pacientes.
Levando isso em consideração, a falta de informação dos especialistas em distúrbios de personalidade não deverá ser novidade.
Gunderson escreveu uma carta co-assinada por outros pesquisadores e médicos à Associação Psiquiátrica Americana e à força-tarefa que dirige a DSM-5. Além disso, Shedles e sete colaboradores publicaram um editorial na edição de setembro da Revista Americana de Psiquiatria.
Em um mundo relativamente pequeno de diagnósticos de saúde mental, esta é uma batalha que certamente vale a pena assistir.
Agora, está claro que é muito cedo para os narcisistas desistirem do seu lugar na lista.
* Charles Zanor é psicólogo em West Springfield, Massachusetts, EUA.
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Estudo aponta que um terço dos jovens homossexuais sofre de estresse e depressão
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Getty Images 10% mostraram sintomas relacionados ao estresse pós-traumático e 15% de depressão |
Bissexuais mostraram-se menos propensos a sofrer de transtornos mentais
Uma pesquisa realizada pela Universidade de Illinois, em Chicago, nos Estados Unidos, com jovens homossexuais, mostrou que ao menos um terço deles apresentou comportamentos depressivos e sintomas de estresse pós-traumático.
Em um grupo de 246 jovens divididos entre lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros, de etnias diferentes e idades entre 16 e 20 anos, quase 10% mostraram sintomas relacionados ao transtorno de estresse pós-traumático e cerca de 15% mostraram sinais de depressão. Um terço havia feito uma tentativa de suicídio em algum momento de suas vidas, e cerca de 6% tinha feito uma tentativa de suicídio no ano passado.
O estudo, publicado na edição de dezembro do American Journal of Public Health, é o primeiro a relatar a frequência de transtornos mentais em jovens homossexuais, utilizando critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais.
O objetivo é não ser alarmista, pois enquanto um terço dos participantes mostram indícios para pelo menos um dos distúrbios mentais, cerca de 70% dos jovens homossexuais não demonstraram qualquer transtorno mental, explica o professor de psiquiatria Brian Mustanki, autor do estudo.
- Uma das descobertas mais importantes do nosso trabalho é que a maioria desses jovens está indo muito bem e não está enfrentando problemas de saúde mental. A grande questão é saber se esses jovens são mais propensos a ter transtornos mentais em relação a outras pessoas. E a resposta é que isso realmente depende de quem você está comparando com eles.
Os pesquisadores também analisaram as diferenças entre os sub-grupos de jovens homossexuais para determinar se um ou outro tinha mais propensão a uma certa doença mental. Mustanski afirma que, de acordo com o estudo, jovens bissexuais tiveram uma menor prevalência de transtornos mentais em comparação com os outros no estudo.
Em um grupo de 246 jovens divididos entre lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros, de etnias diferentes e idades entre 16 e 20 anos, quase 10% mostraram sintomas relacionados ao transtorno de estresse pós-traumático e cerca de 15% mostraram sinais de depressão. Um terço havia feito uma tentativa de suicídio em algum momento de suas vidas, e cerca de 6% tinha feito uma tentativa de suicídio no ano passado.
O estudo, publicado na edição de dezembro do American Journal of Public Health, é o primeiro a relatar a frequência de transtornos mentais em jovens homossexuais, utilizando critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais.
O objetivo é não ser alarmista, pois enquanto um terço dos participantes mostram indícios para pelo menos um dos distúrbios mentais, cerca de 70% dos jovens homossexuais não demonstraram qualquer transtorno mental, explica o professor de psiquiatria Brian Mustanki, autor do estudo.
- Uma das descobertas mais importantes do nosso trabalho é que a maioria desses jovens está indo muito bem e não está enfrentando problemas de saúde mental. A grande questão é saber se esses jovens são mais propensos a ter transtornos mentais em relação a outras pessoas. E a resposta é que isso realmente depende de quem você está comparando com eles.
Os pesquisadores também analisaram as diferenças entre os sub-grupos de jovens homossexuais para determinar se um ou outro tinha mais propensão a uma certa doença mental. Mustanski afirma que, de acordo com o estudo, jovens bissexuais tiveram uma menor prevalência de transtornos mentais em comparação com os outros no estudo.
fonte:R7.com
Adolescentes gays aceitos pelas famílias têm menor risco de depressão e suicídio
Apoio familiar é fundamental para evitar doenças mentais
Adolescentes gays que são aceitos pela família se tornam adultos mais saudáveis do que aqueles que sofrem dentro de casa. Um estudo da Universidade do Estado de San Francisco, nos Estados Unidos, mostra que comportamentos específicos dos pais – como apoiar o comportamento dos filhos ou protegê-los em situações de preconceito – deixa o jovem mais distante de problemas como depressão, abuso de drogas e suicídio.
A pesquisa mostrou ainda que esses adolescentes com apoio familiar apresentam níveis melhores de auto estima.
De acordo com a coordenadora do estudo, a médica Caitlin Ryan, diretora do Projeto de Aceitação Familiar da universidade, os resultados mostram que os pais de jovens gays, lésbicas ou bissexuais precisam balancear seus valores pessoais e crenças religiosas com o amor, pensando na saúde futura de seus filhos.
- Desenvolver um modelo para ajudar as famílias a apoiarem seus filhos gays é o trabalho mais esperançoso que eu já fiz.
O modelo de Caitlin auxilia os familiares a diminuir seus níveis de rejeição religiosa e étnica. Segundo a pesquisadora, nas famílias com maior envolvimento religioso, os níveis de aceitação foram os mais baixos. Participam do projeto pediatras, enfermeiras, assistente social, conselheiros escolares, entre outros.
Para Ann P. Haas, da Fundação Americana de Prevenção ao Suicídio, o estudo traz evidências fortes.
- O apoio familiar promove bem-estar em jovens LGBT e os protege contra depressão e comportamento suicida. As famílias precisam ajudar seus filhos de forma mais engajada.
fonte:R7.COM
Adolescentes gays que são aceitos pela família se tornam adultos mais saudáveis do que aqueles que sofrem dentro de casa. Um estudo da Universidade do Estado de San Francisco, nos Estados Unidos, mostra que comportamentos específicos dos pais – como apoiar o comportamento dos filhos ou protegê-los em situações de preconceito – deixa o jovem mais distante de problemas como depressão, abuso de drogas e suicídio.
A pesquisa mostrou ainda que esses adolescentes com apoio familiar apresentam níveis melhores de auto estima.
De acordo com a coordenadora do estudo, a médica Caitlin Ryan, diretora do Projeto de Aceitação Familiar da universidade, os resultados mostram que os pais de jovens gays, lésbicas ou bissexuais precisam balancear seus valores pessoais e crenças religiosas com o amor, pensando na saúde futura de seus filhos.
- Desenvolver um modelo para ajudar as famílias a apoiarem seus filhos gays é o trabalho mais esperançoso que eu já fiz.
O modelo de Caitlin auxilia os familiares a diminuir seus níveis de rejeição religiosa e étnica. Segundo a pesquisadora, nas famílias com maior envolvimento religioso, os níveis de aceitação foram os mais baixos. Participam do projeto pediatras, enfermeiras, assistente social, conselheiros escolares, entre outros.
Para Ann P. Haas, da Fundação Americana de Prevenção ao Suicídio, o estudo traz evidências fortes.
- O apoio familiar promove bem-estar em jovens LGBT e os protege contra depressão e comportamento suicida. As famílias precisam ajudar seus filhos de forma mais engajada.
fonte:R7.COM
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